Por que videogames são tão viciantes – e como conseguir se livrar deles

Fiz esse texto usando como base minha própria experiência, assim como outras em fontes, como livros e vídeos.

Deixei as referências ao final do texto, para quem quiser se aprofundar no assunto.

1. A ORIGEM DE UM VÍCIO

Eu comecei a jogar Final Fantasy Tactics A2 recentemente. É um RPG tático cujos fundamentos são bem simples de entender, mas que vai se tornando progressivamente mais detalhado com o tempo.

Não é um jogo que tem gráficos excepcionais nem uma história encantadora (na verdade, a história é bem mais fraca do que a de seus antecessores), mas tem um gameplay bem viciante, que te faz querer jogar mais.

Comecei esse jogo num domingo e, simplesmente, não consegui fazer mais nada ao longo de todo o dia.

Fiquei o dia inteiro pensando nele e em como deixar meus personagens com as melhores habilidades, como fazer uma equipe equilibrada e como conseguiria determinados itens que deixariam meus personagens ainda mais fortes.

Eu também me coloquei um desafio: iria zerar apenas com os personagens iniciais do jogo, assim ele seria mais desafiador – afinal, eu não poderia usar nenhum dos personagens overpowered que vão surgindo no jogo com o tempo.

O problema é que eu não consegui fazer mais nada ao longo de todo o dia. Eu acordei de manhã, comecei o jogo, fui jogando por horas e horas, almocei correndo pra voltar a jogar, continuei jogando o dia quase todo.

De tarde, parei um pouco pra ir na Igreja e não consegui prestar atenção em nada do que estava acontecendo: eu só queria voltar pra casa e continuar treinando meus personagens.

Estou assim até agora. Passei a segunda toda jogando, e hoje (terça) também. Provavelmente continuarei assim, sem conseguir fazer nada direito, até conseguir zerar, por causa do meu hiperfoco.

Mas diante de tudo isso, fiquei me perguntando: por que os videogames são tão viciantes desse jeito?

2. O FUNCIONAMENTO DOS VIDEOGAMES

Os jogos atuais possuem elementos de todas as outras artes: música, filmes, séries, literatura… Pegue Skyrim, por exemplo: cenas incríveis dignas de filmes, diversos núcleos da história como nas séries, músicas orquestradas que marcam para sempre, e até mesmo livros dentro do jogo que expandem o universo do jogo.

Além da explosão sensorial que você tem ao jogar algo, você também tem uma sensação de progressão, de que está conseguindo fazer algo: quando você joga um jogo de RPG ou aventura, você vai ficando mais forte, vai conseguindo passar por desafios cada vez mais difíceis e, no fim das contas, sente que está conquistando algo. Nenhum vício consegue te deixar mais preso, porque você está fazendo parte dele: é um vício ativo, onde você é responsável por resolver todos os problemas.

Não me leve a mal: eu amo jogos. Amo especialmente os RPGs. Mas são o tipo de mídia que mais me vicia, de longe. Não dá pra você jogar só uma horinha de um jogo – tempo perfeitamente normal pra ler um livro, ouvir um álbum ou até ver um episódio de série –, pois às vezes com uma hora você nem consegue fazer muita coisa.

E os jogos são progressivamente mais complexos e maiores conforme o tempo passa: hoje, além de ter uma campanha principal, você pode querer fazer 100% e pegar todos os itens secretos, conseguir todos os finais, desbloquear todos os personagens, etc. Não é de se espantar que haja tanto vício envolvido nisso.

E, do jeito que são hoje, eles são feitos totalmente pra te viciar. Você tem uma missão que te dá aquela sensação de recompensa ao ser completada, o que libera dopamina no seu cérebro. Depois, vê seus status e percebe que basta treinar mais uns minutinhos pra ficar mais forte. Depois, descobre que pode juntar alguns itens e criar uma espada que aumenta em 30% o seu ataque… e quando vê, você perdeu diversas horas jogando.

3. VIDEOGAMES X OUTROS HOBBIES

É nítida a diferença entre o vício de videogames e vício em outros tipos de mídia. O videogame é muito mais viciante do que qualquer outra coisa. Talvez o mais próximo dele seja uma série de TV/streaming.

Vou exemplificar com alguns casos aqui:

Livros

Quando você vai ler um livro de ficção, precisa superar certos incômodos:

  • O pescoço dói de ficar curvado por muito tempo.
  • Você tem que ficar se ajeitando na sua cadeira/cama a todo momento, num kama sutra literário.
  • Às vezes o livro é grande e desconfortável pra passar as páginas
  • As letras da sua edição podem ser pequenas.
  • A textura do papel pode ser incômoda.

Tudo bem que nos últimos três casos, você pode resolver isso com um leitor de e-book, mas os incômodos relativos à postura continuam. Por isso, é difícil conseguir ficar lendo um livro por muito tempo. Depois de um tempinho, você precisa de um descanso.

Somado a isso, eu acho que nenhum tipo de arte é mais livre que a literatura, porque nela o autor só depende de si mesmo. Eu já falei sobre isso e vou deixar o link pra esse artigo no fim do texto.

Filmes

Ao ver um filme, na maioria das vezes temos uma história com início, meio e fim. Poucos são os filmes que exigem que se veja o próximo para ter o seu entendimento completo (consigo pensar apenas nos Vingadores 3 e 4), então não sentimos aquela necessidade de ver todos os filmes de uma franquia um atrás do outro.

É muito comum, inclusive, ouvir pessoas que preferem ficar vendo vários episódios de 50 minutos de uma série do que assistir a um filme.

Se você for além dos filmes blockbusters e buscar algo mais “cult”, os filmes se tornam um pouco mais complexos de assistir, de maneira que você precisa parar e pensar um pouco pra entender tudo o que se passou.

Música

Hoje em dia, a maioria das pessoas ouve música enquanto trabalha, vai à academia, lava louças e outras atividades. Por isso, parar pra ouvir música parece algo do tempo jurássico. Mas nos velhos tempos, pessoas normais como eu e você paravam tudo o que estava fazendo pra ouvir um álbum de música, com seus 40, 50, 60 ou mais minutos.

Fazer isso parece impossível nos dias de hoje: ficar longe do celular, ouvir as músicas na ordem, sem passar nenhuma das faixas, lendo o encarte do álbum ou informações dele online. Parar pra ouvir música exige um certo sacrifício, um pouco de “desapego aos sentidos” que parece absurdo atualmente, mas que era extremamente comum até pouco antes da música digital – falando assim, eu pareço super velho, mas eu comecei a consumir música na era digital, muito embora tenha sido adepto dos CDs desde que comecei a ter meu próprio gosto musical.

Séries

 Talvez o que mais se aproxime dos jogos em quesito de vícios: as séries possuem diversos episódios de 30 a 80 minutos, e no fim de cada um sempre dá vontade de assistir ao próximo.

Existem basicamente dois tipos de séries: aquelas mais leves, como as sitcoms, com pequenos episódios de 30 minutos. Você termina um episódio levinho, cheio de humor, mas quer ver o próximo pra saber se a história geral vai progredir e pra poder rir um pouco mais.

O segundo tipo é o das séries mais grandiosas: episódios grandes, com 50 ou 60 minutos, que terminam em um cliffhanger e te fazem querer assistir mais. É comum ver pessoas maratonando temporadas inteiras num mesmo dia – foi o que eu fiz quando assisti Game of Thrones.

Aqui já temos um tipo de hobby muito mais passivo: o enredo é dado a você, você precisa apenas estar atentos aos plotwists, aos pontos se encaixando. Há menos espaço pra interpretação do que em bons filmes, e certamente muito menos profundidade nos personagens do que nos livros.

E é claro, temos ótimas exceções, como Breaking Bad, Dark e Black Mirror (que é um estilo de série bem particular, com cada episódio bastando a si mesmo), mas a maioria das séries segue esse itinerário, sendo feito para as massas e, portanto, tendo uma natureza de “nivelamento por baixo”, com história  cada vez mais superficiais – basta ver como o roteiro de Game of Thrones foi piorando mais e mais conforme a popularidade da série aumentava.

Redes Sociais

Por último, vale uma breve menção nas redes sociais. Digo breve menção porque já fiz um texto exclusivo sobre elas, vou deixar o link para ele na última seção do texto.

As redes sociais são tudo aquilo que há de pior em todos os vícios: estimulação quase instantânea com vídeos de 15 segundos, cheios de cores, músicas, pequenas histórias, curiosidades e sexualização. É claro que não considero as redes sociais um hobby – a não ser que você a use pra criar algo –, mas achei que valia a pena deixar claro como ela é tudo o de pior que existe quando se fala em estímulos.

4. O COMPORTAMENTO DO VICIADO EM JOGOS

Recentemente, vi um vídeo do Luke Smith (você pode achá-lo no fim do texto) falando sobre a diferença entre o comportamento de uma colega sua que era viciada em livros, e de como aquilo era diferente do comportamento de um viciado em jogos.

Segundo ele, a garota podia tranquilamente falar sobre outros temas normalmente, caso não estivesse lendo seus livros. Era uma pessoa normal, socialmente falando. Por outro lado, um viciado em videogame fica tão imerso no seu jogo que só quer ficar dentro dele, mesmo quando não está jogando. Por isso é muito comum vermos pessoas muito viciadas que não têm traquejo pra falar de assuntos mais cotidianos.

Acho que isso é facilmente observável, especialmente quando estamos falando de jogadores mais novos: quando somos jovens, é bem mais difícil conseguir ser moderado nos prazeres, então é relativamente comum ver garotos que jogam muito desde cedo fixados apenas nos videogames.

Com o tempo, essas pessoas ficam apáticas para o mundo exterior, doidas para voltar ao mundo do RPG online, do MOBA ou daquele jogo sandbox infinito. Eu sei que é assim porque eu fui assim durante muito tempo: passava horas e horas jogando RPG sozinho no meu quarto.

É claro que não são todos, e é claro que muitas pessoas conseguem ter uma relação saudável com jogos (falarei disso a seguir), mas, pra muitos, ficar 4, 5, 6 horas na frente do computador é algo normal. Quando ficar 6h lendo livros seria normal? Ou 6h vendo filmes, um após o outro? Mas, por algum motivo, nos sentimos muito tentados a continuar jogando. Por isso que eu acho que é tão preocupante quando a pessoa fica tão viciada assim nos jogos, o que é ainda mais comum em jogos online.

5. APETITE CONCUSPICÍVEL X APETITE IRASCÍVEL

Pra entender melhor por que os videogames são tão viciantes, acho melhor darmos uma aprofundada no lado filosófico da coisa. São Tomás de Aquino, em sua Suma Teológica (Primeira Parte da Segunda Parte, questão 23) define dois conceitos: apetite concupiscível e apetite irascível. Vou deixar um link para a Suma no fim do texto. Eu não sei se ele foi o autor desses termos, mas, de qualquer forma, eles são abordados de maneira bastante extensiva em sua obra.

O apetite concupiscível trata dos prazeres sensíveis que temos: comida, sono, sexo, entre outras coisas. Já o apetite irascível é aquele voltado para aqueles bens menos sensíveis, que necessitam de um certo esforço para serem adquiridos. Podemos citar uma conquista profissional, ou uma competição esportiva, por exemplo.

Os jogos afetam, praticamente, apenas o apetite concuspicível: são inúmeros estímulos (como já falei) que querem te manter tendo uma série de sensações gostosas, de sentimento de conquista. Não há nenhum “bem árduo” adquirido ao conseguir completar um jogo – com exceção daqueles campeonatos de e-sports, que exigem um treinamento bastante intensivo.

E como o ser humano vive de estímulos, uma vez que temos estímulos apenas de natureza concuspicível, é natural que nos tornemos cada vez mais voltados apenas aos prazeres sensíveis, sem cuidar muito bem da conquista de bens árduos, daqueles que encontramos na vida real.

O curioso é que eles conseguem isso mesmo com o videogame sendo algo mais “ativo”, já que você tem que atuar para que o jogo progrida.  Mas aqui, é uma atividade falsa, uma vez que ela não exige nada pra ser completada, sendo talvez melhor chamada de “atividade passiva”.

No videogame, há uma aparência de atividade, uma vez que sentimos que estamos conquistando coisas ao passarmos de missões e ao subirmos de nível, mas, na verdade, são apenas mecanismos de gamificação, que diminuem tarefas grandes em outras menores e nos fazem querer continuar participando daquele jogo.

Por isso os jogos são tão envolventes, e acabamos ficando cada vez mais vidrados neles. Com o tempo, eles se tornam ainda mais interessantes do que aquilo que acontece ao nosso redor, que nos parece tão carente de estímulos. O resultado é que ficamos apáticos com o tempo, assim como eu fiquei no domingo em que comecei a jogar Final Fantasy Tactics A2.

Eu já falei sobre isso acima, mas vale retornar à comparação: nos livros, ao ouvir um álbum com músicas ou outros hobbies, há um certo esforço, você precisa dominar um pouco a técnica, mesmo que seja passiva (ler e ouvir música). Por exemplo: você precisa se concentrar pra prestar atenção, buscar um ambiente calmo, entre outras coisas. Com isso, você, mesmo tendo prazer concuspicível (dos sentidos), precisa despertar um pouco do apetite irascível (aquela sensação positiva de fazer algo árduo).

Com o videogame, é diferente: tudo que está ali é pra pegar o seu concuspicível de cara: as cores, os gráficos, a música e, principalmente, a jogabilidade. Não é difícil progredir em um jogo, mesmo aqueles mais difíceis sempre dão um gostinho de “quero mais”. E há uma aparência de apetite irascível: você tem a dificuldade exatada pra te dar um sentimento de tentar de novo e, quando consegue passar por esse estágio árduo, está pronto pra continuar horas e horas no videogame.

6. A NECESSIDADE DO ÓCIO

Quando falamos do apego aos sentidos, vale a pena também abrir um parênteses e explicar um outro ponto importante: quando você está se divertindo o tempo todo e ocupando cada minuto da sua vida com atividades, você acaba perdendo um pouco de tempo de ócio, que é tão necessário – e pouco valorizado – nos dias de hoje.

No nosso modo de vida preocupado cada vez mais com “produtividade” e “eficiência”, ter um tempo sem fazer nada é algo pode parecer um absurdo. Mas não é tão absurdo quando pensamos que gastamos horas e horas do nosso dia vendo aqueles videozinhos curtos de TikTok.

Por isso, deixar um tempinho pra ficar entediado e não fazer nada é bom, eu te garanto! Seja algo provocado (por exemplo, 15 minutinhos de meditação ou oração todo dia) ou seja algo que você não tem controle (quando seu celular descarrega quando você está na rua). Por isso é que tanta gente tem ideias mirabolantes quando está no banho ou quando está pra dormir: pra maioria das pessoas, esses são os únicos momentos de ócio em suas vidas.

Então não se preocupe tanto de ficar sem fazer nada um pouquinho. Grandes gênios da humanidade só conseguiram fazer suas obras porque foram forçados a viver o ócio. Pra saber um pouco mais sobre o papel do ócio na criatividade, leia o artigo recomendado no fim desse texto.

7. É POSSÍVEL TER UMA RELAÇÃO SAUDÁVEL COM OS JOGOS?

Isso me leva à questão: será que você precisa parar de jogar? Ou será que dá pra ter uma relação saudável com os videogames? Eu, por conta da minha personalidade, considero que o melhor de tudo é se afastar de absolutamente tudo relacionado aos jogos (já que não consigo parar de jogar quando começo). Mas eu sempre volto e jogo algum RPG clássico, ficando sem vida por 2 ou 3 semanas, e também acredito que existem algumas coisas que você pode tentar fazer pra continuar jogando sem se prejudicar tanto:

  • Jogue jogos offline: Quando você joga um jogo online, não consegue parar. A maioria dos jogos online exige bastante treinamento pra se melhorar ou grind pra deixar o personagem mais forte. Isso rouba o seu tempo de maneira absurda, é muito melhor jogar algo com início, meio e fim (apesar de muitos deles também serem viciantes).
  • Para de se importar com troféus: Quem é complecionista gosta de zerar o jogo 100%, fazendo absolutamente todas as side-quests, o que conere, ao fim, um troféu/achievement certificando que o jogador completou tudo o que tinha pra fazer. Mas até que momento isso é uma diversão ou simpelsmente uma tarefa chata? Além de diminuir seu gosto por jogos, você vai gastar muito mais tempo (e o pior, juntando um monte de item inútil que não vai te desbloquear nada a mais no jogo). Por isso, pare de se importar com esses troféus e achievements e foque no jogo principal.
  • Tente jogos no estilo arcade: jogos de arcade ou jogos mais antigos, com vidas limitadas, podem ser um desafio interessante se você é daqueles que não desgruda do videogame. Quando você perder todas as suas vidas e tiver que recomeçar do zero, pare de jogar. Assim, você se força a jogar com mais habilidade ao mesmo tempo em que tem sessões de jogo limitadas. Eu sei que pode parecer uma ideia ruim, mas uma vez eu fiz isso jogando Captain Commando e gostei muito. Infelizmente, não persisti até zerar, mas era bem legal ver como eu passava a jogar melhor conforme o tempo passava.

Mas se mesmo nenhuma dessas medidas estiver te ajudando, pode ser o momento de parar um pouco com esse hobby e buscar outra coisa. Não é ruim parar de jogar, até porque você tem uma vida muito interessante pra viver lá fora. E talvez, no futuro, quando você tiver um pouco mais de moderação, você pode conseguir aproveitá-los de forma mais saudável.

Eu sei que vou parecer aquele tiozão chato que parece simplesmente não querer que você jogue videogame, mas não é assim: eu quero que você realmente se isso não está prejudicando os seus relacionamentos pessoais. Se você é aqueles que fica imerso nos jogos e não almoça com a família, não sabe nada do que acontece com eles, ou que talvez esteja se afastando de sua esposa por isso… pode ser a hora de repensar.

O mundo dos jogos pode ser tão atrativo que torna a vida real sem graça, o que nos dá uma sensação de apatia, de cansaço de tudo do mundo real. A vida não foi feita pra ser assim, por mais que vivamos num mundo completamente louco. Há coisas pra se viver e vale a pena viver uma vida lá hora, conseguir um trabalho, uma namorada, sair com amigos…

Eu não sou tão velho, tenho exatos 30 anos, e posso dizer que muitas vezes preferi jogar videogames ao invés de ver meus amigos. Hoje em dia, penso que poderia ter aproveitado melhor a minha adolescência. Talvez seja o seu caso, e não quero colocar nenhum tipo de terrorismo na sua cabeça como “pare de jogar ou você nunca terá uma vida”, mas quero que você pense: “até que ponto dá pra eu continuar com as coisas como estão sem que isso prejudique profundamente as minhas relações sociais?”

8. MATERIAIS COMPLEMENTARES

Veja abaixo alguns materiais complementares que você pode ler para entender mais do assunto:

Excluir Redes Sociais: 7 Motivos para se afastar das redes. Victor Kron. Disponível clicando aqui.

Da Necessidade do Ócio. Victor Kron. Disponível clicando aqui.

Literatura é a única arte livre. Victor Kron. Disponível clicando aqui.

Why I am so Anti-Video Games? Luke Smith. Vídeo disponível aqui.

Summa Teológica, Tratado das Paixões da Alma (especialmente questões 22 e 23). Disponível clicando aqui.

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