Quando eu entrei no jiu-jitsu, lá em 2018, não tinha tanta certeza se era algo que eu ia gostar de verdade. Eu já tinha tentado natação, academia, boxe… e um monte de projetos em outras áreas que eu simplesmente desisti – ao ponto das pessoas que me conhecem desde aquela época terem em mente que eu sempre desistia fácil das coisas (ou seja, que eu era “de Lua”).
Mas, curiosamente, as pessoas que me conhecem hoje já me consideram uma pessoa mais esforçada, ambiciosa e já até recebi alguns elogios de que sou “um exemplo”. E tudo isso começou em 2018, por conta de uma série de pessoas que conheci e de muitas atitudes que tomei.
Eu dei uma virada de chave e passei a me dedicar mais às coisas que eu queria fazer. Algumas coisas mudaram na minha vida rapidamente, outras foram demorando a acontecer, e outras eu ainda estou trabalhando pra conseguir.
E ontem consegui mais um objetivo: cheguei na faixa azul de jiu-jitsu. Isso prova que eu não sou ainda tão iniciante, por mais que ainda precise melhorar em muitos aspectos.
Mesmo tendo que mudar de academia, mesmo tendo ficado parado por cerca de 2 anos, mesmo me machucando sempre e apanhando dos mais experientes, mesmo sabendo que eu não tenho na minha natureza uma sede tão grande por conflitos e mesmo ainda me perguntando, pelo menos uma vez por semana, se jiu-jitsu é pra mim e se eu não deveria desistir… eu consegui sair da faixa branca, na qual eu estive por 5 anos.
Pra alguns, é uma coisa boba: apenas uma troca de faixa, sem consequências práticas em outras áreas da vida. Mas pra mim é um símbolo importante das minhas mudanças interiores que têm ocorrido desde então. É um símbolo de que aquela voz sabotadora e covarde, que sempre quer desistir e ficar preso na sua casinha tem cada vez menos poder sobre mim.
Isso tudo é graças ao Vítor de 24 anos que decidiu sair da inércia e tentar fazer algo da sua vida. Adoraria olhar pra trás e falar pro Vítor de 2018 que estamos conseguindo chegar mais perto do que queremos ser um dia.